Comunicação Empresarial e Metodologia
Conte um pouco sobre seu histórico docente.
Minha experiência docente começou quando eu, ainda, estava na faculdade. Uma professora de linguística me convidou para aulas de Língua Inglesa e Língua Portuguesa, na escola que a filha dela estudava. No ano seguinte, em que concluía o curso de Letras, a mesma professora me indicou para um outro colégio no qual trabalhei aproximadamente 8 anos. Também como professora de Língua Inglesa e Língua portuguesa. Além disso, lá mesmo, fui coordenadora da área de Línguas e Diretora pedagógica.
Dessa forma, paralela a essa experiência trabalhava em outras escolas, da rede particular, nas quais sempre me envolvi inteiramente. Foram 24 anos trabalhando com o ensino fundamental e médio nas disciplinas da minha formação, ou seja, com gramática, literaturas portuguesa e brasileira, redação e língua inglesa.
No entanto, como grande parte dos professores, que sabem da necessidade de evoluirmos intelectualmente, ingressei no mestrado da Universidade de São Paulo (USP) no ano de 1997, na área de Semiótica e Linguística Geral. Minha dissertação de Mestrado, com o título "Exame do gênero feminino em documentos geolinguísticos brasileiros no período de 1957 a 1994", obteve uma menção da banca sobre o ineditismo da pesquisa. Isso para nós, pesquisadores, é muito relevante e compensador.
Assim sendo, um ano após meu início no mestrado comecei a trabalhar no Ensino Superior(1998). Trabalhei na faculdade Santa Rita de Cássia, na FMU como professora de Língua e Comunicação e Linguística. Na Uninove, além de professora de língua portuguesa e metodologia trabalhei como professora representante de disciplina nas áreas da Saúde, Ciências Jurídicas e Exatas.
Atualmente,além da FATEC, trabalho em uma faculdade de Pós-graduação chamada IPEC com a disciplina Metodologia para o Ensino Superior e também Metodologia de Pesquisa e Ensino.
Participei também de alguns trabalhos como crítica literária, nas editoras Ática, Moderna e Ao Livro Técnico, e como autora na reformulação dos clássicos " Inocência" de Visconde de Taunay e " Luzia -Homem" de Domingos Olímpio.
Você é uma professora muito querida pelos alunos. Conte seu segredo.
Acredito que não haja nenhum segredo. Penso que sou uma pessoa privilegiada por Deus. Afinal, foi dele que recebi esse contentamento e "gostar naturalmente" das pessoas, independendo de quem sejam ou como sejam. Penso, ainda, que amar verdadeiramente o que faço, faz com que meus alunos percebam isso.
Conte um pouco da sua vida fora da FATEC.
Fora da FATEC ou de qualquer outro trabalho que eu possa fazer, minha vida está dedicada totalmente à família. Ou seja, meu filho e minha filha "de coração", a Natalie. Vocês todos a conhecem de tanto que falo nela. Então, cuido da Natalie com o maior prazer e carinho do mundo, além da grande alegria que ela traz a todos aqui de casa.
Explique um pouco sobre o que é o acordo ortográfico. Quais palavras, mais usuais do nosso cotidiano, foram afetadas por esse acordo?
É um acordo unicamente ortográfico; portanto, refere-se apenas à língua escrita, não interferindo na língua falada. Esse acordo não elimina todas as diferenças ortográficas existentes nos países que têm a língua portuguesa como idioma oficial, mas é o caminho na direção pretendida de unificar a ortografia nesse países.
As palavras mais usuais do nosso repertório linguístico que foram afetadas são:
a) geleia, estreia, ideia, heroico, jiboia, plateia, odisseia, paranoia (não recebem mais o acento agudo).
b) abençoo, creem, deem, doo, enjoo, leem, magoo, perdoo (não recebem mais acento circunflexo).
Quais dicas você daria aos alunos para se tornarem bons profissionais?
Que levem sempre muito a sério todo e qualquer compromisso, mesmo que seja aparentemente simples. Não existe nada tão insignificante que justifique nossa falta de comprometimento, após termos assumido determinadas responsabilidades.